A indução do trabalho de parto tem se tornado prática corrente na Obstetrícia moderna. Vários métodos têm sido propostos, e dentre eles os não-farmacológicos merecem destaque. Estes métodos podem ser classificados como naturais e artificiais. Os estudos realizados para avaliar os diversos métodos naturais, como homeopatia, acupuntura, óleo de rícino, enema, banho quente de imersão, relações sexuais e estimulação mamária para indução do trabalho de parto, são heterogêneos e ainda não existe evidência suficiente de que possam ser utilizados na prática clínica. Dentre os métodos artificiais, o descolamento das membranas encontra-se associado à indução efetiva do parto, porém, o procedimento é doloroso e pode ser desconfortável para as mulheres. A capacidade máxima de dilatação da laminária ocorre entre 12 e 24 horas, entretanto tem sido pouco utilizada devido ao surgimento de métodos mais efetivos. A sonda de Foley constitui
um procedimento efetivo que pode ser usado na presença de contraindicações para os métodos farmacológicos, especialmente em gestantes com cesárea anterior, porém persistem preocupações quanto ao risco de infecção materna e fetal. Por outro lado, a ruptura artificial das membranas e os métodos mecânicos ainda não podem ser recomendados, porque as evidências sobre sua efetividade e segurança são insuficientes, mesmo quando associados à administração intravenosa de ocitocina.